Entre seus seguidores, houve gente que não acreditou no que viu e ouviu, e que até mesmo ficou esperando, para dali alguns dias, no máximo, que ele retornasse à vida como um ressuscitado...
Mas ele de fato tinha ido embora: uma das crentes, dona Isaura, conta que, no dia em que ele morreu, o irmão dela, de nome Benedito, "quando tirava água do poço, largou da corda, olhou para o céu e gritou para a família:'Venham todos ver! Os anjos da guarda estão levando Nhô JOÃO DE CAMARGO. Venha ver Isaura!'".*
A devoção, que havia muito despertara, desde o início do século, em vez de dissipar com sua partida, muito ao contrário, começou a crescer: após sua morte, não apenas sua capela, mas, também, seu túmulo, no cemitério, locais de seu culto, foram palco e testemunha do aumento contínuo do número de seus seguidores, pelos quais for sempre tratado com profundo respeito místico-religioso, dentro das diferentes correntes que o multifacetado sincretismo brasileiro originou.
É um Santo!...
É um espírito de Luz!...
É nosso Pai!...**
*- O trecho aspeado é parte da entrevista de dona ISAURA DE OLIVEIRA BORGES, concedida ao jornalista Alcir Guedes e publicada no Jornal da Cidade (06 de Maio de 1984)
**- Crentes anônimos em frente a Capela do Bonfim, falando sobre Nhô João.
Nenhum comentário:
Postar um comentário